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MP investigará suposta fraude em renúncia de Prefeito de Rio Largo

Uma crise institucional se instaurou em Rio Largo, na Região Metropolitana de Maceió, após a Câmara de Vereadores anunciar a suposta renúncia do prefeito Carlos Gonçalves (PP) e seu vice Peterson Henrique (PP). O caso, que já havia sido previamente denunciado às autoridades, agora ganha novos desdobramentos com o envolvimento da Procuradoria-Geral de Justiça de Alagoas.

O prefeito Carlos Gonçalves, que foi eleito com expressivos 62,99% dos votos válidos nas eleições de 2024, já havia alertado as autoridades sobre possíveis tentativas de falsificação de sua assinatura em cartórios de Rio Largo e Porto Calvo. Em sua defesa, o gestor classificou o episódio como "ato inconstitucional e fraudulento".

O senador Renan Calheiros (MDB) reforçou a gravidade da situação, revelando que o prefeito havia procurado preventivamente diversas autoridades, incluindo o juiz de direito da cidade, o promotor, a polícia, o Ministério Público Estadual e o governador do estado.

O caso ganhou maior complexidade quando juristas consultados apontaram que, do ponto de vista legal, os atos praticados na Câmara Municipal deveriam ter presunção de legitimidade até que se prove o contrário. No entanto, a palavra final sobre a validade jurídica do processo caberá ao Poder Judiciário.

A Polícia Civil e a Justiça de Alagoas foram acionadas para apurar a situação, enquanto o município aguarda os próximos desdobramentos desta grave crise institucional que coloca em xeque a estabilidade da gestão pública local.