Polícia
Publicado em 18/09/2024 - 11h11min
Delegado é preso suspeito de atrapalhar investigação da morte de ativista político
Ação foi desencadeada pela PF; Polícia Civil não se manifestou sobre o assunto
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Redação
Foto: Cortesia
Delegado é preso suspeito de atrapalhar investigação da morte de ativista político
Responsável por conduzir o inquérito que apura a morte do ativista político Kleber Malaquias, o delegado da Polícia Civil de Alagoas (PCAL), Daniel Mayer foi preso, na manhã desta quarta-feira (18), pela Polícia Federal.

A informação foi confirmada pela Assessoria de Comunicação do Ministério Público de Alagoas (MPEAL), que informou ainda que os promotores responsáveis pelo pedido poderão se manifestar em momento oportuno.

Segundo informações extraoficiais, o delegado, que ocupa o cargo de gestor na Diretoria de Polícia Judiciária (DPJ1), é suspeito de induzir o MPEAL ao erro. Também é apurado o sumiço de um documento importante do inquérito. 

Procurada, a Assessoria de Comunicação da PCAL disse que não há informações sobre o fato. 

A Polícia Federal (PF) também não se manifestou sobre o caso.

Julgamento

Os réus José Mário de Lima Silva, Edinaldo Estevão de Lima e Fredson José dos Santos vão a júri popular nesta quinta (19). Eles são acusados de matar Kleber Malaquias de Oliveira, em 2020, na Mata do Rolo, em Rio Largo. O julgamento estava marcado para 17 de julho deste ano, mas foi adiado. 

Os acusados serão julgados por homicídio qualificado pelo Tribunal do Júri, a partir das 8h30, no Fórum do Barro Duro. O julgamento será conduzido pelo juiz José Braga Neto, da 8ª Vara Criminal de Maceió.

Segundo os autos, a vítima era conhecida por denúncias contra políticos e autoridades, sendo esta a possível motivação do crime.

Além dos acusados, outros três envolvidos, Marcelo José Souza da Silva, Jefferson Roberto Serafim da Rocha e Marcos Maurício Francisco dos Santos, ainda serão julgados.

O crime

Segundo o processo, o crime aconteceu dentro de um bar, em Rio Largo, na tarde de 15 de julho, dia do aniversário da vítima. A execução teria sido arquitetada pelos envolvidos que atraíram Kleber até o Bar da Buchada para realizar o assassinato.

De acordo com o relatório, o policial militar José Mário, na época pré-candidato a vereador, marcou um encontro com Kleber para conversar sobre questões políticas. Na ocasião, Fredson José teria efetuado os disparos de arma de fogo que levaram a vítima à morte.

Consta nos autos que Kleber era alvo de constantes ameaças devido às denúncias que fazia contra políticos e autoridades.
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