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Publicado em 20/05/2025 - 15h08min
Novos ataques israelenses matam pelo menos 38 na Faixa de Gaza
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Foto: reprodução
Novos ataques israelenses matam pelo menos 38 na Faixa de Gaza
Novos bombardeios do exército de Israel mataram pelo menos 38 palestinos nas primeiras horas desta terça-feira (20), com ataques concentrados no centro da Faixa de Gaza e na Cidade de Gaza. A informação foi divulgada pela emissora Al Jazeera, que citou fontes médicas locais.

Entre os alvos atingidos, 15 pessoas morreram no bombardeio de um posto de combustível no campo de refugiados de Nuseirat. Outros 12 civis morreram em Deir al-Balah, também no centro do enclave, segundo a mesma emissora. A agência Sanad, ligada ao Hamas, confirmou as mortes e informou que várias vítimas pertenciam à mesma família.

Ainda segundo a Al Jazeera, uma antiga escola na Cidade de Gaza, usada como abrigo por deslocados internos, foi atingida por mísseis israelenses, matando ao menos dez pessoas.

A ofensiva israelense se intensificou nos últimos dias. Somente na segunda-feira (20), 84 palestinos foram mortos, após 136 mortes registradas no domingo. Além dos ataques, o exército ordenou a evacuação da cidade de Khan Younis, no sul da Faixa, e bombardeou o depósito de mantimentos do Hospital Nasser — um dos poucos ainda parcialmente operacionais.

Desde o início da guerra, em outubro de 2023, após o ataque do Hamas que deixou cerca de 1.200 mortos em Israel e mais de 200 reféns, o número de mortos em Gaza já chega a 53.475, de acordo com autoridades locais. Outros 121.400 ficaram feridos, muitos com lesões graves e amputações.

Em pronunciamento nesta segunda-feira, o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu reafirmou a intenção de controlar "todo o território" da Faixa de Gaza e prometeu avançar com força total contra o Hamas. Ele também autorizou, após 11 semanas de bloqueio, a entrada de nove caminhões com alimentos para bebês no território, em operação coordenada com a ONU. No entanto, o chefe humanitário das Nações Unidas, Tom Fletcher, disse que a medida representa apenas uma "gota no oceano" diante da crise humanitária.

Mais tarde, um grupo de 22 países, incluindo Portugal, França, Alemanha e Reino Unido, emitiu uma declaração exigindo que Israel "retome imediatamente a ajuda humanitária completa" à Faixa de Gaza. Os governos também defenderam que a distribuição seja feita exclusivamente pela ONU e por organizações não governamentais, rejeitando o novo modelo de entrega estabelecido por Israel.
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(Folhapress)
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