O ex-promotor de Justiça Carlos Fernando Barbosa de Araújo, condenado a mais de 76 anos de prisão por crimes sexuais contra duas filhas e uma enteada, conseguiu progressão de regime após passar 12 anos, 8 meses e 25 dias no presídio Baldomero Cavacanti. A decisão da Justiça de Alagoas, proferida em 7 de março, autorizou o cumprimento da pena em prisão domiciliar devido à interdição da Colônia Penal destinada ao regime semiaberto.
A medida foi determinada pelo Juízo da 16ª Vara de Execuções Penais da Capital, que estabeleceu o uso de tornozeleira eletrônica com raio zero, impedindo que o ex-promotor saia de sua residência. Além disso, ele está proibido de se ausentar da cidade, frequentar bares ou mudar de endereço sem autorização prévia.
O caso veio à tona em 2006, quando uma das mães denunciou o então promotor ao Ministério Público por comportamentos suspeitos com a filha pequena. As investigações revelaram um histórico de abusos contra múltiplas vítimas da mesma família, incluindo a produção de material pornográfico infantil.
Carlos Fernando foi condenado por estupro, atentado violento ao pudor e produção de material pornográfico com crianças, tendo uma de suas filhas sido abusada até os 23 anos. Como consequência, perdeu o cargo de promotor e teve decretada a incapacidade para exercer o poder familiar, tutela ou curatela.