Foto: reprodução

Após ser solto, advogado João Neto reaparece nas redes sociais e exibe apartamento de luxo em Maceió
Após ser detido por suspeita de agressão com base na Lei Maria da Penha, o advogado João Neto voltou a aparecer publicamente em suas redes sociais. Em um post publicado no Instagram, João surge em um apartamento de alto padrão localizado na parte baixa de Maceió, a poucas quadras da praia. Nas imagens, ele apresenta o imóvel e agradece aos seguidores pelo apoio durante o período em que esteve afastado.
“Antes de tudo, rendo minha mais sincera gratidão a Jeová Deus, fonte da minha força e da minha perseverança diante desta tempestade que me foi imposta”, escreveu o advogado na legenda da publicação.
João Neto afirma que sua suspensão da OAB não está ligada à prática de um crime, mas sim a um “acidente doméstico” de natureza culposa, segundo suas palavras. Ele também critica o que classifica como um tratamento desigual por parte da Ordem dos Advogados do Brasil: “Por que para alguns a OAB oferece proteção institucional mesmo em casos envolvendo tráfico, corrupção ou venda de sentenças – e, para mim, um advogado negro, filho da periferia, não se levanta sequer em defesa da minha dignidade profissional?”.
O advogado sustenta que não se calará diante das acusações e promete seguir lutando em defesa da própria reputação: “Com a força que emana de Jeová, seguirei firme. Eu, Dr. João Neto, advogado negro, nordestino, que venceu pela educação, lutarei com todas as minhas forças”.
A repercussão da publicação dividiu opiniões nas redes sociais, especialmente pelo contraste entre a gravidade das denúncias e o tom de afirmação adotado pelo advogado no post, em que ele aparece relaxado e sorridente em um ambiente de luxo.
Relembre o caso
João Neto foi preso em Maceió após ser acusado de agredir a própria esposa, em um caso enquadrado na Lei Maria da Penha. Segundo informações veiculadas à época, a vítima relatou ter sofrido violência física dentro do apartamento do casal. A prisão preventiva foi decretada, e a Ordem dos Advogados do Brasil suspendeu cautelarmente sua carteira. O advogado foi liberado após 28 dias detido, mas o processo judicial segue em curso.