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Publicado em 04/05/2024 - 19h40min
"Tudo, o que é fácil, é perigoso", diz Rafael Tenório sobre jogos virtuais
Empresário fala sobre danos causados por plataformas eletrônicas de jogos de azar
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"Tudo, o que é fácil, é perigoso", diz Rafael Tenório sobre jogos virtuais
"Tudo, o que é fácil, é perigoso". Foi com esta frase, que o empresário, Suplente de senador e ex-presidente do CSA, Rafael Tenório, encerrou uma postagem, em suas redes sociais, na qual teceu duras críticas às plataformas eletrônicas de jogos de azar.

Em sua fala, o notório homem público citou, inclusive, uma das modalidades de aposta, o "tigrinho", como sendo uma indutor a de prejuízos aos seus usuários.

Ainda em sua reflexão, Tenório pontuou que ficou abismado com o número de colaboradores de suas empresas, que estariam encalacrados com dívidas contraídas a partir das tais plataformas.

Segundo o empresário, inúmeros funcionários estariam pedindo adiantamentos de salários e abonos. Foi feito, junto à seus colaboradores que pediram auxílio financeiro nas empresas, um levantamento que revelou, que, em 90% dos casos, o pleito por socorro se deu em decorrência do uso indiscriminado das plataformas de jogos de azar.

Para tentar minorar os danos, Tenório disse que determinou, aos componentes do setor de recursos humanos, de suas empresas, que ofertem acompanhamento, inclusive, psicológico aos trabalhadores que estejam inseridos neste contexto.

Ele citou ainda o caso de um funcionário, que a seu pedido, fez uma aposta de R$ 20, na plataforma do "tigrinho". Na ocasião, Tenório cronômetrou quanto tempo o colaborador levaria para perder, no jogo, o montante acima mencionado e constatou que o trabalhador ficou sem a quantia e, apenas, um minuto e quinze segundos.

Nesse momento, o empresário citou alguns itens que poderiam ser comprados com os mesmos R$ 20. Tais como, um litro de leite, um quilo de açúcar, um quilo de arroz, um pote de 250 gramas de margarina, além de um pacote de flocos de milho.

Tenório mencionou ainda o caso de outro funcionário, que ele disse conhecer há muito tempo. Segundo o empresário, o colaborador em tela reportou o fato de a irmã ter pensado em suicídio, após contrair dívidas por causa dos tais jogos de azar.


Ainda segundo ele, o funcionário emprestava um de seus cartões bancários, para que a irmã comprasse gêneros alimentícios para dentro de casa. Quando o homem percebeu, ela já havia estourado o limite de crédito para suportar o vício e já teria pedido somas em dinheiro a um agiota, para tentar cobrir o deficit.

Por fim, Rafael Tenório pediu para que as autoridades ampliem a vigilância sobre essas plataformas. Ele clamou, ainda, para que seja lançado um olhar especial aos influenciados digitais, que em muitos casos, fazem propagandas enganosas sobre os jogos, o que acaba causando grande prejuízos aos seguidores, que veem certa credibilidade nessas pessoas e acabam gastando seus recursos de forma exarcebada.

Renato Buarque é jornalista
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